FRANCISCO AILTON TAVARES
Funcionário da Caixa Econômica Federal na Paraíba à época da realização do concurso de poesia.
7º e 8º Lugar
Versos Livres
DIRAR / Núcleo de Patrimônio e Material
II MOSTRA DA LITERATURA ECONOMIÁRIA DA FILIAL PARAIBA. SELETA EM PROSA E VERSO.
Capa: Dênis Cavalcanti Porto. João Pessoa, PB: 1984. 95 p.
14 x 21 cm. Exemplar doado pelo livreiro José Jorge Leite de Brito
NÓTULA NOTURNA
No silêncio noturno,
como perdido fantasma,
lembro-me do poeta e da noite.
Quantos desejos se afogam
em águas turvas,
na noite.
Quanto há de mel
no afoito coito das ruivas,
na noite.
Como instrumento inseparável
do amor, a noite nos cala
pelo silêncio inquebrantável
e pela simples condição de ser noite.
E...
E...
A pedra não verteu o esperado
O ódio mutilou os condenados
O amor se perdeu no emaranhado
E o sol cobriu-se no passado
O mundo posto chama bifurcado
Seguiu aleatório massacrado
E o cão latiu ludibriado
O açude não sangrou desconfiado
Os corações palpitaram inflamados
Os acordes se fizeram transloucados
E...
Deu-se o grito agonizado
A rosa extirpou o frustrado
O verde tingiu-se avermelhado
E.. Os sinos replicaram afinados
*
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Página publicada em junho de 2021
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